Carreira

Edilson Rodrigues de França, já era destaque no esporte da bola pesada desde os primeiros passos na escola. Começou a se destacar nos jogos escolares, jogando pela equipe do Colégio timbaubense, onde já se destacava no meio dos outros, com dribles desconcertantes, e belas jogadas. Sob o comando do orientador José Henrique, Edilson conquistou o penta campeonato municipal escolar e regional e logo em seguida campeão pernambucano escolar. O bom desempenho fez surgir o interesse de ir jogar em Recife. Edilson chegou na capital pernambucana com apenas 16 anos, contratado para jogar na equipe do Banco do BANDEPE.

No BANDEPE, as boas apresentações continuaram, o primeiro título foi o de Campeão do Norte Nordeste sendo inclusive artilheiro da competição. Em 1997, por falta de recursos o BANDEPE encerrou as atividades, desta forma, Edilson teve que voltar para o interior, mais ele não desistiu do sonho de ser jogador.

As esperanças de alcançar o seu sonho se renovaram quando Edilson teve a oportunidade de atuar pela equipe de campo do Recife, que na época, sediava seus jogos em Timbaúba. Nos gramados, jogando avançado, no ataque, Edilson viu a sua carreira alavancar quando completou 18 anos, passando a figurar entre os atletas do time profissional. Com o salto, veio também a queda. Os poucos recursos, salários atrasados e a péssima estrutura das equipes do interior pernambucano fizeram com que Edilson desistisse dos gramados.

Apesar de desistir dos gramados, a porta do futsal continuou em aberto. Quando regressou do futebol, Edilson teve um convite do Esporte Clube Macaparana, cidade vizinha a sua terra natal, para as disputas do Copa Pernambuco de Futsal. Com as experiências, anteriores fracassadas, Edilson viu a oportunidade de “engrenar” de vez no esporte. A aposta deu certo. O vice campeonato da Copa Pernambuco e o posto de artilheiro máximo, fizeram com que Edilson acreditasse que se ele se dedicasse, daria certo. De encontro com esse pensamento, o Sport Clube do Recife, o contratou, para as disputas do campeonato pernambucano, era o primeiro clube de “camisa” em que Edilson atuava.

No rubro negro, Edilson passou apenas uma temporada, pois no ano de 2004, o pivô foi convidado para participar do projeto do Colégio Ângulo, onde Edilson tinha a oportunidade de voltar a estudar e jogar. Nesse período, o Santa Cruz, seu clube de coração, se interessou pelo seu futsal. No primeiro contato, Edilson aceitou o convite do tricolor.

Destaque no Campeonato Pernambucano de 2004, defendendo o Santa Cruz, Edilson despertou o interesse de várias equipes do Brasil, segundo ele mesmo fala “Em 2004 eu fui muito bem, na época já mais maduro, tinha 23 anos e estava sempre atuando o tempo todo das partidas.” Revela.

Mesmo com o convite de jogar em outros estados, Edilson preferiu o projeto da Universo, pois lá, o pivô tinha a oportunidade de cursar faculdade, além de defender um dos maiores clubes do futsal nordestino, durante a década passada. Na equipe universitária Edilson conquistou três competições. A primeira delas foi a Copa Pernambuco, e em seguida vieram o Campeonato Pernambucano e a Copa dos Campeões. Mesmo conquistando os títulos citados, houve uma redução salarial na equipe, onde a Universo passou a investir em atletas mais novos, que poderiam ser aproveitados tanto no time adulto, quanto no sub-20. Desta forma, Edilson foi dispensado ao final de 2005.

Em meio a tantas desilusões no esporte, em 2006 Edilson resolveu dar um tempo no futsal. Passou a se dedicar a faculdade, e trabalhar em uma empresa de computadores. “Foi um momento muito difícil, eu não queria mais jogar. Sempre que eu ia bem, acontecia alguma coisa que eu não conseguia dar sequência, então resolvi dar um tempo, me dedicar a outras coisas, eu sentia o tempo passar e eu não conseguia me firmar” Relembra.

2007 À VOLTA.

Inspirado na frase de Walt Disney “Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade”. Edilson retornou ao futsal, para defender as cores do São Paulo/Pajeú, na época, a equipe semi-profissional treinava apenas um período, dando assim, para que Edilson não deixasse os estudos e o trabalho à parte.

Daí em diante, as coisas passaram a fluir. Sob o comando de Edilson e Cia, o São Paulo/Pajeú surpreendeu a todos, ao chegar à final da Copa DalPonte, desbancando os tradicionais Sport e Naútico durante a competição. Mesmo sendo derrotado pela Universo, na final, a sensação era de dever cumprido, pela boa campanha e pelos 7 gols marcados, dois deles na final.

Com o primeiro semestre “quase perfeito” Edilson foi novamente contratado pela Universo. A segunda chance, Edilson agarrou com unhas e dentes. Foi o artilheiro da equipe universitária no campeonato pernambucano com 22 gols e Campeão Estadual, marcando inclusive na final diante do Sport.

No ano seguinte (2008) Edilson iniciou com a bombástica notícia de que a Universo, clube que mais investia na modalidade na região não iria continuar com o projeto e estava se ausentando das quadras. Era um novo baque. Com o futsal pernambucano em decadência Edilson novamente pensou em abandonar o esporte e apenas se dedicar aos trabalhos de informática.

Em meio a isso, surgiu o convite de uma pequena cidade do interior de Sergipe, Boquim, para disputar a Copa TV Sergipe, principal competição do primeiro semestre do futsal no nordeste. No primeiro ano disputando a competição, a equipe formada pela base de atletas da Universo, encantou, chegando até a semifinal. Valorizados, os atletas seguiram seus caminhos após, a competição. Vice artilheiro da Copa com 12 gols, Edilson se transferiu para o Real Moitense.

Na equipe mais tradicional do estado, Edilson teve um segundo semestre de autos e baixos, juntamente com toda a equipe. Que pela primeira vez na história terminou um ano, sem conquistas. Com a temporada abaixo, a diretoria moitense dispensou 80% do grupo. Permanecendo apenas com 4 atletas. Destes, Edilson figurava entre os atletas que pernameceriam.

Sob o comando do técnico Wilson Mendonça o “Galego”, Edilson se firmou de vez. Artilheiro da Copa TV Sergipe com 15 gols e o posto de melhor pivô da competição, Edilson foi um dos principais destaques da Conquista da Copa TV Sergipe, pela equipe de Moita Bonita.

Novamente valorizado, Edilson recebeu uma irrecusável proposta (financeiramente falando) da equipe de Capela, que havia perdido na final da Copa TV Sergipe para o Real Moitense. No clube capelense foram apenas 4meses, 10 gols, e a equipe desativou seu departamento de futsal, devido a brigas internas dos dirigentes.

Sem clube, Edilson foi convidado pelo treinador Oswaldo Mendonça, treinador este, que é fã do trabalho de Edilson e que havia o levado para o Real Moitense em 2008, para defender o Internacional/Ribeirópolis na Liga Nordeste de 2008. A parceria de ambos foi curta, mais produtiva. Surpresa da Liga Nordeste daquele ano, a equipe de Ribeirópolis terminou na 4ª posição da competição regional, tendo Edilson como artilheiro do campeonato.

No ano seguinte (2010) Edilson voltou a Moita Bonita, novamente para defender o Real Moitense, na Copa TV Sergipe de Futsal. Pela terceira vez disputando a competição, Edilson conquistou o segundo título, marcando 13 gols, terminando como vice artilheiro da Competição. Um dado curioso é que nas três edições da competição, Edilson marcou 39 gols, média de 13 gols a cada edição.

Terminada a Copa TV Sergipe de 2010, Edilson apostou tudo novamente. Em maio, desembarcou no Santa Fé/Funec, equipe do interior paulista, para as disputas do Campeonato Paulista do Interior, Campeonato Paulista e da Liga Sudeste. No entanto, as expectativas criadas foram por água abaixo, a falta de apoio da prefeitura municipal da cidade, que sempre apoiou a equipe, desistiu de apostar no projeto e com isso, o grupo acabou se desfazendo.

Conhecido pelas boas campanhas no nordeste, o ABC/Art&C apostou no futsal de Edilson, para buscar o título mais cobiçado pelo clube potiguar, a Liga Nordeste de Futsal. A aposta foi certeira, com um grupo reduzido, mais com atletas movidos em prol da conquista do clube, o ABC foi campeão do nordeste pela primeira vez, sob a segurança de Matheus, a pegada de Léo Rumennig e Preto, as jogadas articuladas por Douglas e Walber, a experiência de Almir, o faro de gol de Edilson (autor de 6 tentos na competição) e a estrela de Kilmer, que marcou 5 gols na final da competição.

Em 2011, Edilson chegou ao Afagu/Russas, tradicional equipe do Ceará, que voltava as atividades. No Afagu, foram apenas dois meses, 2 gols marcados. Em março, Edilson chegou ao Horizonte Futsal, equipe conhecida no Brasil inteiro pela sua organização e estrutura.

Comandado pelo experiente técnico Francisco Aires, o Horizonte e Edilson foram bi-campeões da Liga Nordeste. A temporada no time horizontino terminou com Edilson sendo artilheiro da equipe no ano, e o vice da Taça Brasil de Clubes – 1ª Divisão.
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